Falando da terra do vinho, Vinhotopia, não podemos deixar de começar pela França. Esse país é, sem dúvida, o primeiro no qual a maioria dos cidadãos de Vinhotopia pensam no momento em que se fala de vinho.
Por que será? Cremos que por vários motivos: divide com a Itália a liderança na produção mundial de vinhos; tem a segunda maior área de vinhedos do Mundo (é menor um pouco que a Espanha somente); é o principal destino turístico do Mundo; é a gastronomia mais famosa do Mundo; seus vinhos, principalmente os das regiões de Bordeaux e Bourgogne são tidos como modelos de vinhos clássicos em todo o Mundo; foi o país onde nasceu a ciência do vinho e ainda é um grande centro de desenvolvimento desta ciência; é o maior exportador de vinhos do Mundo; ocupa a maior parte das páginas destinada aos países produtores na maior parte dos livros sobre vinhos que existe no Mundo; é o país da Champagne; é o segundo maior consumo per capta do Mundo, chegando a 55 litros/ano; enfim, são muitos os motivos.
Mas para termos uma ideia de dimensão, a França possui cerca de 67,5 milhões de hectares, dos quais, 890 mil estão ocupados por vinhedos (1,3% do território). Todo este vinhedo gera 5,3 bilhões de litros de vinhos, o equivalente a 7 bilhões de garrafas de 750ml por ano. Representa 20% da produção mundial.
Mas vinhos e vinhedos são para poucos. Ao contrário do que se pensa, não é uma atividade agrícola assim tão importante em comparação a outras lavouras. Por exemplo, o estado de Minas Gerais, possui cerca de 59 milhões de hectares, dos quais, 1,1 milhões estão ocupados com café (1,9% do território). Ou seja, em Minas há mais café do que vinhedos na França. Toda a produção de café mineira representa cerca de 12,5% da produção mundial e chega a 3 bilhões de quilos do grão.
Em compensação, nenhuma outra atividade agrícola é tão diversa como a vitivinicultura. Enquanto há pouco café que é tratado com uma forma de exceção, no caso do vinho, a exceção é a regra. O vinho não é na uniforme, não é uma commodity agrícola.
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